20 de abr. de 2012

Pai

o mundo cada vez mais estreito
só posso lhe receber nesse poema
(que tem pretensões de ser mais amplo
que o mundo)

vem, não repara
a aridez da folha branca
(- se você soubesse que considero
a folha uma lâmina de água...)

logo logo deslocarei
a palavra filho para deixar ao seu lado
pai, que tudo anda mesmo
tão cimento estrôncios & arestas

mas a ideia é que fique à vontade
nada fale que só quero seu ficar
e um abraço quando eu enfim acabar
esse meu mísero gesto de eternidade

2 comentários:

  1. ainda bem que me visitou, poeta. isso me fez chegar até aqui. to perplexa com tua poesia. que maravilha.

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