“
'Horizonte: des-vendável' diz o mercador”
Murilo Mendes
Num clique tudo
se desarvora todo arranjo de flores
e dignidades digitais tudo se descompreende
numa esquizofrenia de pixels, tudo
e esse tudo é um encontro fortuito
que descarrilhou uma valsa que estourou
um beijo invertendo-se em estio, tudo
num piscar de olhos transmuta rápido
demais o sequestro das entrelinhas
do horror das sombras no quarto (exclui-se o quarto)
do inseto desconhecido na tarde de sábado
tudo, pois o estudo da lágrima está falido
o eterno ladrão no quintal o bandido
solto pelo seu corpo o blues em goles
lentos de nostalgia ferida falida falido
nada
agora
agora
é mais unânime que o fuzilamento
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