30 de mai. de 2012

Tempo meu.



Meus negócios são com a solidão
as finanças do vento levando os cabelos
minha alma alugada que pensa e repensa
o cárcere: há um corpo cansado, mas devo perpetuar essas commodities:
amor, amizade, poesia...eu mesmo, meu desejo ou mera sombra de outro desejo maior ?

Tenho negócios com a solidão das coisas
com o sol explodindo os limites do meu filho correndo à prazo
pela grama - girassóis devedores, juros de abelhas
plena concordata da lua

nada ganho, meus bolsos estão falsos – o cofre vaga
pelos cantos da casa empanturrado
de moedas-palavras.          inverossímil &
belo: o meu tempo não deveria estar à venda.


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