23 de jun. de 2010


Rumo

ao abatedouro o séquito da amargura 
travestida de cifrão grilhões & estandartes negros 
ainda morro hoje, e você? 
automóveis e atropelados borrifam óleo & sangue em alguma estátua de cristo 
Bartók provoca arrepios na conciência 
homens-esqueletos mulheres e os seus xales frios 
bordados de infinito

omito a cordilheira de prédios que ressecaram o albatroz

e a pantera de Rilke tremendo 
sob os jornais

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